Ministério de Oração (parte 1)
O MINISTÉRIO DE ORAÇÃO DO OHOLYÁO
(PARTE UM)
“Se teu irmão pecar [contra te], vai argui-lo entre te e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à Oholyáo (Corpo, ou Congregação); se recusar ouvir também a Oholyáo considere-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo que ligardes na terra, terá sido ligado no shuaólmayao, e tudo o que desligardes na terra, terá sido desligado no shuaólmayao. Em verdade também vos digo que se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer cousa que por ventura pedirem, ser-lhe-á concedido por meu Pai que está nos shuaólmayao. Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Manyaohu 18:15-20).
Esta passagem das Escrituras pode ser dividida em duas partes: Os versículos de 15 a 17 formam a primeira parte e os versículos 18 a 20, a segunda. Estudando-as cuidadosamente, podemos ver a relação entre si. Os versículos 15 a 17 tratam de um caso específico, enquanto os versículos 18 a 20 tratam de um princípio geral. O caso específico, citado nos versículos 15 a 17, deve ser tratado de um modo especial, e o princípio geral, encontrado nos versículos 18 a 20, precisa ser diligentemente aprendido. Embora o caso específico seja mencionado primeiro, seguindo-se então o princípio geral, as palavras da segunda parte são mais importantes do que as da primeira. Em outras palavras, a primeira seção relaciona-se com uma situação particular, ao passo que a segunda pertence a um princípio geral altamente significativo. O modo de lidar com o caso referido na primeira parte dependem do princípio estabelecido na segunda. A segunda seção é o fundamento, a primeira nada mais é que a aplicação da segunda.
Nos versículos 15 a 17, Yaohúshua diz-nos como tratar o irmão que pecar contra outrem: Primeiro, procure persuadi-lo de seu erro. Se não lhe der ouvidos, leve uma ou duas testemunhas com você e fale com ele novamente. Se ainda recusar-se a ouvir, então diga o Oholyáo. Se não ouvir o Oholyáo, considere-o como um gentio e publicano. Ora, depois de Yaohúshua mencionar o caso, prossegue, dizendo: “Em verdade vos digo”... “O que Ele quer dizer com isto é que há um motivo pelo qual devemos agir assim, a saber: Este caso contém uma tremenda relação ou princípio”. Daí o dizermos que os versículos 18 a 20 formam base para os versículos 15 a17.
Aqui, não nos deteremos no caso particular descrito nos versículos 15 a 17: fazemos uso deste caso apenas para chegarmos a um grande princípio. Veremos que devemos agir assim não somente para com o irmão que peca contra nós, mas também com relação às dezenas de milhares de outras situações. Passemos, pois, à segunda parte desta passagem a verificarmos o que Yáohuh Ulhím deseja mostrar-nos.
A Terra Governa o Shuaólmayao
“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no shuaólmayao, e tudo o que desligardes na terra, será desligado no shuaólmayao”. Qual é a característica deste versículo? O ponto em questão aqui é que a ação na terra precede a ação do shuaólmayao. Não que o shuaólmayao liga primeiro, mas sim a terra; não que o shuaólmayao desliga primeiro, mas que a terra desliga primeira. Uma vez que a terra desliga primeira. Uma vez que a terra tenha ligado, o shuaólmayao também ligará; uma vez que a terra tenha desligado, o shuaólmayao também desligará. A ação do shuaólmayao é governada pela ação da terra. Tudo o que contradiz a Yáohuh Ulhím precisa ser atado, e tudo o que concorda com Yáohuh Ulhím precisa ser desatado. Seja o que for que deva ser atado ou desatado, o atar ou desatar começa na terra. A ação na terra precede a ação do shuaólmayao, pois a terra governa o shuaólmayao.
Usemos alguns exemplos do Antigo Testamento para ilustrar como a terra governa o shuaólmayao. Quando Mehushúa, no cimo do monte, erguia a mão, Yaoshorúl prevalecia; quando, porém, a baixava, Amaleque prevalecia (ver Êxodo 17:9-11). Quem decidia a vitória ou derrota ao pé da colina? Era Yáohuh Ulhím ou era Mehushúa? Aqui vemos o princípio da obra de Yáohuh Ulhím: O que quer que Ele queira fazer, se o homem não quiser, Ele não o fará. Não podemos forçar Yáohuh Ulhím a fazer o que Ele não deseja, mas podemos impedi-Lo de fazer o que Ele quer fazer. No shuaólmayao a questão é decidida por Yáohuh Ulhím, mas diante dos homens é decidida por Mehushúa; no shuaólmayao, Yáohuh Ulhím quer que os filhos de Yaoshorúl vençam, sobre a terra, porém, se Mehushúa não levanta a mão, Yaoshorúl será derrotado; mas se, de fato, ele a mantém erguida, Yaoshorúl vence. A terra governa o shuaólmayao.
“Assim diz Yáohuh Ulhím: Ainda nisto permitirei que seja Eu solicitado pela casa de Yaoshorúl, que lhe multiplique Eu os homens como um rebanho” (Kozoqiúl 36:37). Yáohuh Ulhím tem um propósito: Aumentar o número da casa de Yaoshorúl como um rebanho. Aqueles que não conhecem a Yáohuh Ulhím dirão que, se Ele quer aumentar a casa de Yaoshorúl como um rebanho, porque Ele simplesmente não a aumenta, pois, quem pode resistir-lhe? Mas eis a palavra de Yáohuh Ulhím: Se Ele for solicitado a respeito desse assunto pela casa de Yaoshorúl, Ele o fará por ela. O princípio é inconfundível: Yáohuh Ulhím tem um propósito já determinado, mas não o cumprirá até que seja solicitado pela casa de Yaoshorúl. Ele quer que a terra governe o shuaólmayao.
“Assim diz Yáohuh, o Justo de Yaoshorúl, aquele que o formou: Perguntai-Me as cousas futuras; demandai-Me acerca de meus filhos, e acerca da obra das minhas mãos” (Yaoshuayaohu 45:11). Esta é uma afirmação surpreendente. Ficamos perplexos? A respeito de seus filhos e de sua obra, Yáohuh Ulhím diz: “Demandai-Me”. As pessoas não ousam proferir esta expressão: “Demandai-Me”; pois como pode o homem mandar em Yáohuh Ulhím? Os que O conhecem sabem que nenhuma palavra presunçosa deveria jamais ser dita em sua presença. Contudo, Ele próprio oferece-nos esta palavra: “Demandai-Me acerca de meus filhos, e acerca da obra das minhas mãos”. Isto não é outra coisa senão a terra governando o shuaólmayao.
Ora, isto obviamente não implica, de nenhum modo, que podemos forçar Yáohuh Ulhím a fazer o que Ele não quer; de modo algum. Antes, isso simplesmente significa que podemos ordenar-lhe que faça o que Ele deseja fazer. E este é o fundamento sobre o qual permanecemos. É por conhecermos a vontade de Yáohuh Ulhím que podemos dizer-lhe: “Yáohuh Ulhím, queremos que faças isto, estamos decididos que Tu o faças; não tem outra alternativa senão faze-Lo”. E assim teremos forte e poderosa oração. Como precisamos pedir que Yáohuh Ulhím nos abra os olhos para que possamos ver como sua obra é realizada nesta dispensação! Pois, no presente, todas as obras de Yáohuh Ulhím são feitas neste mesmo fundamento: O shuaólmayao quer fazer, mas o shuaólmayao não atuará imediatamente; espera que a terra o faça primeiro; então o shuaólmayao o fará. Embora a terra esteja em segundo lugar, contudo é também primeira. O shuaólmayao mover-se-á somente depois que a terra tiver movido, pois Yáohuh Ulhím quer que a terra governe o shuaólmayao.
Vontade Harmoniosa
Alguém poderia perguntar: Porque que haveria Yáohuh Ulhím de desejar que a terra governe o shuaólmayao? A fim de entendermos esse desejo eterno, devemos relembrar-nos de que nosso Yáohuh Ulhím é restringido no tempo. (Por tempo queremos dizer o período entre as duas eternidades. Entre a eternidade passada e a futura há o que chamamos tempo). Yáohuh Ulhím não é livre para fazer o que quer. Esta é a restrição que Ele sofre por ter criado o homem. De acordo com Bereshit (Gênesis) 2, Yáohuh Ulhím, ao criar o homem, deu-lhe o livre-arbítrio. Yáohuh Ulhím tem sua vontade, mas o homem também tem a sua. Quando a vontade do homem não está de acordo com a vontade de Yáohuh Ulhím, Yáohuh Ulhím está sendo imediatamente restringido. Suponha, por exemplo, que você esteja sozinho em uma sala contendo mesa, cadeiras, assoalho e forro. Você não será restringido por estes objetos. Eles simplesmente não o podem limitar. Ora, Yáohuh Ulhím é Yáohuh Ulhím de poder; pode fazer qualquer coisa. Fosse a terra somente cheia de coisas desprovidas de espírito, Yáohuh Ulhím não seria restringido em nada. Um dia, entretanto, Ele cria o homem. Esta criatura é diferente de um pedaço de pedra ou de uma lasca de madeira; o homem não é como uma mesa de madeira; o homem não é como uma mesa ou uma cadeira, incapazes de resistir à capacidade de Yáohuh Ulhím de deixá-las paradas ou movê-las à sua vontade. O homem a quem Yáohuh Ulhím criou possui livre-arbítrio. Ele pode decidir se ouvirá ou não a Yáohuh Ulhím, pois Yáohuh Ulhím não criou um homem que tenha obrigatoriamente de ouvi-Lo. Depois de ter criado o homem com esse livre-arbítrio, o poder de Yáohuh Ulhím é, por isso mesmo, restringido por este homem. Yáohuh Ulhím não pode fazer automaticamente o que quer, mas, em vez disso, precisa perguntar ao homem se Ele próprio está também disposto. Yáohuh Ulhím não pode tratar o homem como se este fosse madeira, pedra, mesa ou cadeira; simplesmente porque o homem tem vontade livre. Desde o dia em que Yáohuh Ulhím criou o homem e até o presente, o livre-arbítrio humano poderá permitir ou impedir a realização da autoridade de Yáohuh Ulhím. Por esta razão, portanto, podemos dizer que durante este período chamado tempo, entre as duas eternidades, a autoridade de Yáohuh Ulhím é restringida pelo homem.
Por que deve ser Yáohuh Ulhím restringido no tempo? Porque sabe que na segunda eternidade; a eternidade por vir; Ele terá uma vontade harmoniosa, isto é, o livre-arbítrio do homem e a vontade de Yáohuh Ulhím entrarão em acordo. Este é o hodayao (esplendor) de Yáohuh Ulhím. Uma ilustração pode ajudar. Se você colocar um livro sobre a mesa, ele ficará lá. Se você o colocar na estante, ficará lá também. O livro é muito obediente a você. Contudo, você não ficará satisfeito com tal obediência, uma vez que o livro é totalmente passivo, faltando-lhe o elemento do livre-arbítrio. Da mesma maneira, Yáohuh Ulhím não tem nenhum prazer ao ver o homem que Ele criou, manobrado passivamente, como se fosse um livro. Sim, Ele deseja que o homem obedeça-Lhe completamente; dá, porém, ao homem o livre-arbítrio para escolher obedecer. E este é o hodayao de Yáohuh Ulhím!
Na eternidade futura, o livre-arbítrio do homem se tornará um com a vontade eterna de Yáohuh Ulhím. Então, quando o eterno propósito de Yáohuh Ulhím for realizado, o livre-arbítrio do homem estará em perfeita harmonia com a vontade eterna de Yáohuh Ulhím. Na vida de cada homem, um livre-arbítrio desejando a vontade de Yáohuh Ulhím. Na eternidade futura o homem ainda terá o livre-arbítrio. Contudo, tal vontade estará do lado de Yáohuh Ulhím. O homem poderá opor-se a Yáohuh Ulhím, todavia não desejará fazê-lo. O haolúlim! O homem, na verdade, possuirá a liberdade de opor-se a Yáohuh Ulhím, porém não desejará fazê-lo. O que o homem fizer será o que Yáohuh Ulhím deseja fazer. Ora, tal vontade harmoniosa é verdadeiramente o hodayao (esplendor) de Yáohuh Ulhím!
Na eternidade por vir, a vontade do homem ainda é livre; sua vontade, porém, está em acordo com a vontade de Yáohuh Ulhím. Não haverá vontade, então, que não esteja sujeita à autoridade de Yáohuh Ulhím. No tempo, porém, a vontade de Yáohuh Ulhím é restringida pelo homem. O que Yáohuh Ulhím quer fazer o homem não faz; se Yáohuh Ulhím quer fazer muito, o homem quer somente fazer um pouco; se Yáohuh Ulhím quer realizar grandes coisas, o homem deseja realizar coisas insignificantes; ou pode ser o contrário. Então Yáohuh Ulhím não é livre! No tempo a ação de Yáohuh Ulhím é governada pelo homem. Por “homem” aqui, naturalmente, queremos dizer o Oholyáo (Corpo, Congregação). Durante o período chamado tempo, todas as ações de Yáohuh Ulhím são governadas pelo Oholyáo, porque o Oholyáo aqui representa o homem da eternidade futura. Hoje, o Oholyáo está para realizar a vontade de Yáohuh Ulhím. Se ele puder cumprir a vontade de Yáohuh Ulhím, Ele não será restringido. Mas se ela for incapaz de ir ao encontro dessa vontade, Yáohuh Ulhím será restringido, pois tudo que Yáohuh Ulhím quer fazer deseja efetuá-la é através do Oholyáo. O Oholyáo toma desde já a posição que o homem da eternidade terá. Na eternidade por vir, embora a vontade do homem ainda seja livre, ele permanecerá do lado da eterna vontade de Yáohuh Ulhím. O Oholyáo hoje firma-se nessa posição do futuro. Assim como Yáohuh Ulhím poderá, na eternidade, manifestar-se mediante a Nova Yaohushuaoléym – a esposa do Cordeiro – assim Ele é capaz agora de manifestar-se por meio do corpo de o Mehushkháy (mudado para Messias ou Ungido. Embora o Oholyáo possua livre-arbítrio, ele o coloca em completa sujeição à autoridade de Yáohuh Ulhím, como se à parte da vontade d`Ele não existisse outro livre-arbítrio. Tudo o que Yáohuh Ulhím quiser fazer, será feito. Colocando o Oholyáo hoje sua vontade completamente sob a vontade de Yáohuh Ulhím, Yáohuh Ulhím pode agir como se estivesse na eternidade futura, uma vez que não há uma segunda vontade no universo para opor-se a Ele. Este é o hodayao de Yáohuh Ulhím.
Assim, podemos ver a posição na qual o Oholyáo permanece diante de Yáohuh Ulhím. Não releguemos o Oholyáo a uma posição em que seja considerada apenas uma reunião. Não. O Oholyáo é um grupo de pessoas redimidas pelo precioso sangue, regeneradas pelo Rúkha - Ulhím, que se colocaram nas mãos de Yáohuh Ulhím, alegremente aceitando a sua vontade, alegremente fazendo a sua vontade e alegremente permanecendo na terra do lado d’Ele, para manter seu testemunho.
Precisamos reconhecer que a operação de Yáohuh Ulhím hoje se processa ao longo de uma linha bem definida; está em acordo com uma lei específica, precisamente esta: Que por amor do livre-arbítrio sobre a terra, Yáohuh Ulhím se recusa a usar sua vontade para sobrepujar o homem. Não fiquemos surpresos com este fato. Yáohuh Ulhím está no shuaólmayao, contudo todos os seus movimentos na terra precisam ser primeiramente decididos e aprovados pela vontade da terra. Yáohuh Ulhím não quer ignorar a vontade da terra, nem a retirará ou agirá independente dela. Em todos os assuntos relacionados com Ele, Yáohuh Ulhím não operará até que obtenha a cooperação da vontade da terra. Porque a terra o quer, Yáohuh Ulhím então o fará; porque a terra assim decide, Yáohuh Ulhím então atuará. Ele precisa que a vontade do homem esteja em harmonia com a sua vontade. E tal harmonia de vontades constitui, deveras, o maior hodayao de Yáohuh Ulhím.
Três Princípios Essenciais
Já mencionamos como Yáohuh Ulhím tem sua vontade a respeito de todas as coisas, mas Ele nada quer fazer independentemente. Agirá somente depois que a livre vontade da terra responda à sua vontade. Se houvesse somente a vontade do shuaólmayao, Yáohuh Ulhím não faria nenhum movimento; o movimento no shuaólmayao será realizado na terra somente quando Yáohuh Ulhím estiver certo de que existe a mesma vontade sobre a terra. Isto é o que hoje chamamos de ministério do Oholyáo. Os crentes precisam conscientizar-se de que o ministério do Oholyáo não consiste meramente na pregação do Evangelho – certamente que isso é incluído, não haja engano nisto – mas também o ministério do Oholyáo inclui o trazer à terra a vontade que está nos shuaólmayao. Mas como é que o Oholyáo faz isso? É orando aqui na terra. A oração não é coisa pequena, insignificante, não-essencial, como alguns têm a tendência de pensar. A oração é trabalho. O Oholyáo diz: “Yáohuh Ulhím, queremos a tua vontade”. Isto é o que chamamos de oração. Depois que o Oholyáo conhece a vontade de Yáohuh Ulhím, ele abre a boca para pedi-la. Isto é oração. Se o Oholyáo não tem este ministério, ele não serve para muita coisa na terra.
Muitas orações devocionais, orações de comunhão e oração intercessoras não podem substituir a oração como ministério ou trabalho. Se todas as orações são simplesmente devocionais ou consistem meramente em comunhão e pedidos, nosso orar é demasiadamente pequeno. A oração como trabalho ou ministério significa que permanecemos do lado de Yáohuh Ulhím, desejando o que Ele deseja. Orar de acordo com a vontade de Yáohuh Ulhím é uma coisa muito poderosa. Para o Oholyáo, orar significa que ele descobriu a vontade de Yáohuh Ulhím e que agora a está proferindo. Orar não é só pedir a Yáohuh Ulhím, é também fazer uma declaração. Enquanto o Oholyáo ora, permanece do lado de Yáohuh Ulhím e declara que aquilo que o homem quer é o que Yáohuh Ulhím deseja. Se o Oholyáo assim o fizer, a declaração terá efeito imediato. Vamos agora examinar os três princípios essenciais da oração encontrados em Manyaohu 18:18-20.
1. Declarando a vontade de Yáohuh Ulhím
“Em verdade vos digo que tudo que ligardes na terra será ligado no shuaólmayao, e tudo o que desligardes na terra será desligado no shuaólmayao” (v.18). A quem se refere o texto? À o Oholyáo, porque no versículo precedente Yaohúshua a o menciona. Estas palavras são a continuação do versículo 17. Portanto, o significado do versículo 18, agora diante de nós, é: Tudo o que o Oholyáo ligar na terra será ligado no shuaólmayao, e tudo que desligar na terra será desligado no shuaólmayao.
Encontramos aqui um princípio de suma importância: Hoje Yáohuh Ulhím opera mediante a o Oholyáo; Ele não pode fazer nada do que deseja, a menos que o realize por meio do Oholyáo. Este é um princípio por demais sério. Hoje Yáohuh Ulhím não pode fazer as coisas apenas por Si mesmo, porque existe outro livre-arbítrio, sem cuja cooperação Yáohuh Ulhím não pode fazer nada. A medida do poder do Oholyáo hoje determina a medida da manifestação do poder de Yáohuh Ulhím, pois Seu poder é agora revelado através do Oholyáo. Yáohuh Ulhím colocou-se no Oholyáo. Se ele puder chegar a uma alta e grande posição, a manifestação do poder de Yáohuh Ulhím também chegará a uma alta e grande posição. Se o Oholyáo for incapaz de alcançar tal posição, então Yáohuh Ulhím também não poderá manifestar seu poder em altura e grandeza.
Este assunto todo pode ser comparado ao fluxo da água em nossa casa. Embora a caixa d’água da companhia fornecedora esteja cheia, seu fluxo é limitado pelo diâmetro da torneira de nossa casa. Se uma pessoa deseja ter um fluxo maior de água, precisará alargar a bitola de sua torneira. Hoje, o grau da manifestação do poder de Yáohuh Ulhím é governado pela capacidade do Oholyáo. Assim como em tempos anteriores, quando Yáohuh Ulhím Se manifestou em Yaohúshua o Mehushkháy, sua manifestação foi tão grande quanto a capacidade de Yaohúshua o Mehushkháy, assim, agora, a manifestação de Yáohuh Ulhím no Oholyáo é igualmente circunscrita; desta vez, à capacidade do Oholyáo. Quanto maior a capacidade do Oholyáo, tanto maior a manifestação de Yáohuh Ulhím e tão mais completo o seu conhecimento.
Precisamos ver que em todas as operações de Yáohuh Ulhím na terra hoje, primeiro precisa que o Oholyáo esteja do Seu lado e, então, Ele faz Sua obra por meio dela. Yáohuh Ulhím nada fará independentemente; o que quer que Ele faça hoje, O faz com a cooperação do Oholyáo. Ele é o instrumento por meio do qual Yáohuh Ulhím Se manifesta.
Permita-me repetir que o Oholyáo é como uma torneira. Se a torneira é pequena, não poderá derramar muita água, ainda que a fonte seja tão abundante como o rio Amazonas. Yáohuh Ulhím no shuaólmayao tem o propósito de fazer algo, mas não o fará até que haja movimento na terra. São tantas as coisas que Yáohuh Ulhím quer ligar e desligar no shuaólmayao! Muitas são as pessoas e coisas que O contradizem; Yáohuh Ulhím espera que todas estas sejam atadas. Muitas também são as pessoas e coisas espirituais, valiosas, proveitosas, puras, e de Yáohuh Ulhím; estas, Ele deseja que sejam atadas. Mas justamente aqui se levanta um problema: Haverá homem na terra que queira primeiro atar o que Yáohuh Ulhím deseja atar, e desatar o que Ele tenciona desatar? Yáohuh Ulhím quer que a terra governe o shuaólmayao; deseja que Seu Oholyáo na terra dirija o shuaólmayao.
Isto não quer dizer que Yáohuh Ulhím não seja todo-poderoso, porque de fato, Ele é o Yáohuh Ulhím todo-poderoso. Todavia, o poder de Yáohuh Ulhím só pode ser manifestado na terra através de um canal. Não podemos aumentá-lo, mas podemos impedi-lo. O homem não pode fazer crescer o poder de Yáohuh Ulhím; pode, contudo, obstruí-lo. Não podemos pedir que Yáohuh Ulhím faça aquilo que Ele não quer fazer; podemos, porém, restringi-lo de fazer o que Ele, devera, quer fazer. Vemos realmente isto? O Oholyáo tem um poder pelo qual gerencia o poder de Yáohuh Ulhím. Ela pode permitir que Yáohuh Ulhím faça o que Ele deseja, ou proibir que Ele faça.
Nossos olhos precisam vislumbrar o futuro. Um dia Yáohuh Ulhím estenderá o Oholyáo para que seja a Nova Yaohushuaoléym e, naquele dia, seu hodayao será completo e desimpedidamente manifestado através do Oholyáo. Hoje Yáohuh Ulhím quer que o Oholyáo desate na terra antes que Ele desate no shuaólmayao; quer que ele ate na terra antes que Ele ate no shuaólmayao. O shuaólmayao não começará a fazer as coisas. O shuaólmayao apenas seguirá a terra em sua obra. Yáohuh Ulhím não começará primeiro; Ele, em Sua operação, somente segue o Oholyáo. Se este é o caso, que tremenda responsabilidade tem o Oholyáo!
Como indicamos anteriormente, o que Manyaohu 18:15-17 refere é apenas um caso particular; o que se lhe segui, entretanto, constitui um grande princípio. A situação particular é: um irmão pecou contra outro; não reconhece, porém, que pecou, nem confessa sua falta. Ao recusar ouvir o Oholyáo, será considerado como um gentio e publicano. Ora, o irmão que pecou provavelmente retrucará: “Quem são vocês? Se vocês o Oholyáo me considerarem como um gentio e publicano, não mais irei às reuniões. Se não puder ir às suas reuniões, haverá outras reuniões a que poderei frequentar”.
Mas note aqui o que Yaohúshua diz: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no shuaólmayao, e tudo o que desligardes na terra será desligado no shuaólmayao.” Portanto, quando o Oholyáo julga uma pessoa como gentio, Yáohuh Ulhím no shuaólmayao também a julga como gentio. Quando Oholyáo considera um irmão ofensor como publicano, Yáohuh Ulhím no shuaólmayao, da mesma, forma, considera-o publicano. Em outras palavras, o que o Oholyáo faz na terra Yáohuh Ulhím fará no shuaólmayao.
Temos aqui, portanto, tanto um caso particular como um princípio que governa. Yaohúshua está meramente citando o caso para provar o princípio geral que é: Tudo o que o Oholyáo faz na terra, Yáohuh Ulhím o faz igualmente no shuaólmayao. Se o Oholyáo trata um irmão como um gentio e publicano, Yáohuh Ulhím no shuaólmayao trata-o como tal. Este princípio é aplicável não somente a este caso; é aplicável a muitos outros. O incidente aqui apresentado serve apenas de exemplo.
O Oholyáo é o vaso escolhido de Yáohuh Ulhím no qual é colocada a Sua vontade, de modo que o Oholyáo possa declarar a vontade eterna na terra. Se a terra quer, o shuaólmayao também quer. Se a terra deseja, Yáohuh Ulhím também deseja. Por esta razão, se Yáohuh Ulhím encontrar dificuldade no Oholyáo, o que pretende realizar no shuaólmayao não será realizado na terra.
Muitos irmãos e irmãs carregam pesados fardos desde o amanhecer até o anoitecer. Estão sobrecarregados porque não oram. Quando uma torneira é aberta, a água corre; mas quando é fechada, a água é retida. Agora pense por um momento. Qual pressão é maior, a gerada em soltar a água ou a gerada em reter a água? Todos sabem que, quando a água é liberada a pressão é diminuída, ao passo que ao ser bloqueada, a pressão aumenta. Da mesma forma, quando o Oholyáo ora, é como abrir a torneira; quanto mais tempo está aberta, menor se torna a pressão. Pela mesma razão, se o Oholyáo não ora, é como obstruir a torneira; a pressão aumentará gradativamente. Sempre que Yáohuh Ulhím deseja fazer alguma coisa, coloca um fardo sobre um irmão, uma irmã, ou sobre o Oholyáo. Quanto mais o Oholyáo orar cumprindo o seu ministério, tanto mais leve se tornará seu fardo. Cada oração aliviará um pouco o seu fardo. Depois de orar seu fardo interior será grandemente diminuído. Mas se o Oholyáo falhar em orar, sentirá a pesada carga e ficará tão sufocado que imaginará estar morrendo.
Em vista disso, irmãos e irmãs, sempre que se sentirem pesados e sufocados por dentro, fique bem claro que o motivo não é outro senão que vocês não tem cumprido o seu ministério diante de Yáohuh Ulhím. Se o fardo d’Ele está sobre vocês, orem e encontrar-se-ão respirando mais normalmente de novo, porque a pressão foi grandemente aliviada.
Qual é, então, o ministério de oração do Oholyáo? É Yáohuh Ulhím dizendo ao Oholyáo o que Ele deseja fazer, de modo que o Oholyáo na terra possa orar, expressando a vontade d’Ele. Tal oração não é pedir que Yáohuh Ulhím faça o que nós queremos, mas pedir-lhe que faça o que Ele deseja fazer. Que possamos ver que o Oholyáo deve declarar na terra a vontade de Yáohuh Ulhím no shuaólmayao. O Oholyáo precisa declarar na terra que ele deseja a vontade de Yáohuh Ulhím. Se ele falhar nisto, será de muito pouco valor para Yáohuh Ulhím. Ainda que ele aja bem em outros assuntos, será de pouca utilidade para Yáohuh Ulhím, se for deficiente neste setor. O mais alto propósito do Oholyáo é permitir que a vontade de Yáohuh Ulhím seja feita na terra.
2. Harmonia no Rukha - Ulhím
Vimos como o Oholyáo deve atar o que Yáohuh Ulhím deseja atar e desatar o que Yáohuh Ulhím deseja desatar. Como, porém, deve o Oholyáo realmente atar e desatar? “Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer cousa que por ventura pedirem, ser-lhes-á concedido por meu Pai que está nos shuaólmayao” (v.19). O versículo precedente dá ênfase a terra e ao shuaólmayao; este versículo também. O versículo 18 fala do shuaólmayao ligando ou desligando tudo que a terra liga ou desliga, e o versículo 19 também diz o mesmo, afirmando que o Pai do shuaólmayao concederá tudo o que a terra pedir. Por favor, observe que o que Yaohúshua enfatiza aqui não é simplesmente um acordo no pedir qualquer coisa; é, antes, unanimidade na terra a respeito de tudo o que os crentes irão pedir. Ele não quer dizer que primeiro duas pessoas concordem na terra a respeito de certa coisa e então a peçam; não, Yaohúshua está dizendo que se vocês concordarem em tudo (harmonia no Rukha - Ulhím), então qualquer ponto particular que lhe pedirem será concedido pelo Pai que está nos shuaólmayao. Esta é a unidade do corpo, ou melhor, a unidade no Rukha – Ulhím.
Se Yáohuh Ulhím não lidar com a carne do indivíduo, ele se considerará um super-homem, uma vez que, a seus próprios olhos, o shuaólmayao deve dar-lhe ouvido. Não, se você não está na unidade do Rukha – Ulhím, nem está orando na harmonia do Rukha – Ulhím, Veja só se o shuaólmayao o ouvirá em algo! Você pode orar, mas o shuaólmayao não ligará o que você ligar, nem desligará o que você desligar, pois isso não é algo que você possa fazer por si mesmo. Se você pensa que pode fazê-lo sozinho, está alimentando uma tolice, porque o que Yaohúshua declara é isto: “...se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer cousa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedido por meu Pai que está nos shuaólmayao.” Isto significa que, estando dois em harmonia a respeito de todo assunto – sendo tão harmonioso como a música – então, qualquer coisa que pedirem ser-lhes-á concedida pelo Pai do shuaólmayao. Para fazer tal oração é preciso que as pessoas que oram, estejam sob a influência do Rukha – Ulhím. Isto quer dizer que sou levado por Yáohuh Ulhím a um ponto em que nego todos os meus desejos e quero somente o que Yaohúshua quer, e um outro irmão, da mesma forma, é levado pelo Rukha – Ulhím ao ponto de negar todos os seus desejos e querer somente a vontade de Yáohuh Ulhím. Eu e ele, ele e eu, ambos somos levados a um ponto em que a harmonia tal como a que existe na música. Então tudo o que pedirmos Yáohuh Ulhím o fará no shuaólmayao por nós.
Irmãos, não alimentam a fantasia de que simplesmente concordando a respeito de determinado pedido de oração (sem uma anterior harmonia no Rukha – Ulhím), essa oração será atendida. Não é assim. Pessoas com idéias semelhantes muitas vezes entram em muitos conflitos. Meramente ter o mesmo objetivo não garante ausência de discórdia. Duas pessoas podem desejar pregar a Mensagem de Salvação e ainda assim brigarem entre si. Duas pessoas podem desejar de todo o coração, ajudar aos outros; não obstante, podem volta-se um contra o outro. Identidade de propósito não significa necessariamente harmonia. Devemos estar cônscios de que não há possibilidade de harmonia na carne. Somente quando nossa vida natural é trabalhada por Yáohuh Ulhím e começamos a viver no Rukha – Ulhím – eu vivendo em Yaohúshua o Mehushkháy e você também vivendo em Yaohúshua o Mehushkháy teremos harmonia; então sempre estaremos capacitados a orar de pleno acordo a respeito de determinado assunto.
Aqui, pois, estão duas facetas de uma só coisa: A primeira é estar em harmonia a respeito de tudo; a segunda é orar a respeito de tudo. Necessitamos ser levados por Yáohuh Ulhím a esse ponto. À parte do corpo de Yaohúshua o Mehushkháy, não há lugar onde se possa encontrar harmonia Yoahushuahee. A harmonia encontra-se no corpo de Yaohúshua o Mehushkháy. Somente aí há ausência de lutas, somente aí existe harmonia. Se nossa vida natural é trabalhada por Yaohúshua e se somos levados a reconhecer a realidade do corpo de Yaohúshua o Mehushkháy, então estamos em harmonia e nossas orações também estarão em harmonia. Fundados na harmonia, também concordamos a respeito de qualquer assunto particular. Uma vez que o que vemos é harmonioso, estamos qualificados para ser porta-vozes da vontade de Yáohuh Ulhím. Irmãos e irmãs, ao orar por determinado assunto, se tiver opiniões diferentes, tenham cuidado para não errarem. Somente quando todo o Oholyáo se reúne e concorda a respeito de determinado assunto, descobriremos que é vontade do shuaólmayao realizá-lo. Por este motivo, portanto, confiemos no Oholyáo.
Tenha em mente que a oração não é a primeira coisa a ser feita. A oração apenas segue os passos da harmonia. Se o Oholyáo deseja ter tal ministério de oração sobre a terra, todo irmão e irmã precisam aprender a negar a vida da alma diante de Yaohúshua; de outra forma o Oholyáo não será eficaz. A palavra que Yaohúshua nos dá aqui é maravilhosíssima. Ele não diz que se a pessoa pedir alguma coisa em Seu nome, o Pai a ouvirá, nem diz Yaohúshua que orará para que o Pai responda. Ao invés disso, declara Ele: “...se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos shuaólmayao.” Oh, se realmente concordarmos, as portas do shuaólmayao se abrirão!
Aqui está um irmão que peca contra outro. Antes que o Oholyáo comece a lidar com ele, o irmão que foi ofendido vai com um ou dois irmãos a fim de levá-lo ao arrependimento. Estes dois irmãos vão ter com o irmão ofensor antes mesmo de o Oholyáo começar a tratar do seu assunto. Contudo, não é que estes dois irmãos discordem do Oholyáo; eles apenas vêem o assunto antes do Oholyáo, subsequentemente o Oholyáo examina a situação exatamente do mesmo modo. Em outras palavras, esses irmãos têm o mesmo fundamento do Oholyáo. O que Yaohúshua quer dizer é que os dois representam o Oholyáo na terra. O que o Oholyáo vê está em perfeita concordância com o que aqueles dois irmãos vêem. Este é o ministério de oração. Precisam concordar em tudo, seja o que for, e precisam orar de comum acordo a respeito desse assunto particular.
O ministério de oração do Oholyáo consiste em orar na terra de modo a causar ação no shuaólmayao. Precisamos lembrar-nos de que a oração, tal como apresentada em Manyaohu 18, definitivamente não faz parte da oração devocional ou da oração pessoal privada. Muitas vezes temos necessidades pessoais às quais levamos a Yáohuh Ulhím e Ele nos responde. Há, na verdade, lugar para a oração pessoal. Da mesma forma, seguidamente sentimos a proximidade de Yáohuh Ulhím. Pela a bondade de Yáohuh Ulhím, Ele ouve as orações devocionais. Estas também não podem ser desprezadas. Vamos até ao ponto de reconhecer que, se a oração de um irmão ou irmã ficar sem resposta, ou se alguém não sentir a proximidade de Yáohuh Ulhím, algo está errado. Temos de dar atenção à oração pessoal, bem como à oração devocional. Os crentes novos, em particular, não poderão correr a carreira que lhes está proposta, se for deficientes nas orações pessoais e devocionais.
Mesmo assim, precisamos compreender que a oração não é apenas para nosso uso pessoal, nem somente para propósitos devocionais. A oração é um ministério, a oração é uma obra. Esta oração sobre a terra é o ministério do Oholyáo, bem como seu trabalho. É a responsabilidade do Oholyáo diante de Yáohuh Ulhím, pois a oração é o escoamento do shuaólmayao. Qual é a oração do Oholyáo? Yáohuh Ulhím deseja fazer certa coisa e o Oholyáo sobre a terra ora a esse respeito, em antecipação, para que isso se realize para que se cumpra o propósito de Yáohuh Ulhím.
O ministério do Oholyáo é o ministério do corpo de Yaohúshua o Mehushkháy, e esse ministério é a oração. Tal oração não é feita nem com objetivos devocionais, nem por necessidades pessoais; é mais para o “shuaólmayao”. Agora, o que essa oração – o tipo de oração que temos à nossa frente – significa é: Eis um homem que perdeu a comunhão devido à sua recusa em ouvir a persuasão de um irmão, ou a advertência de dois ou três outros irmãos, e, finalmente, o julgamento do Oholyáo. Yáohuh Ulhím, portanto, desejará um julgamento sobre ele para que seja considerado como um gentio e publicano; contudo, Yáohuh Ulhím não agirá imediatamente, mas esperará até que o Oholyáo ore para esse fim e, então, fá-lo-á no shuaólmayao. Se o Oholyáo tomar a responsabilidade de fazer tal oração sobre a terra chegará à ocasião em que a vida espiritual do ofensor secar-se-á, como se já não tivesse parte com Yáohuh Ulhím. Yáohuh Ulhím quer tomar tal atitude, mas espera que o Oholyáo ore.
Muitos assuntos estão amontoados no shuaólmayao, muitas transações permanecem sem efeito, simplesmente porque Yáohuh Ulhím não consegue encontrar seu escoamento na terra. Quem sabe quantos assuntos não terminados existem no shuaólmayao, os quais Yáohuh Ulhím não pode executar porque o Oholyáo não tem exercitado seu livre-arbítrio de pôr-se ao lado d’Ele para a realização do Seu propósito! Entendamos que a tarefa mais nobre do Oholyáo, a maior tarefa que ele poderia executar, é a de ser o escoamento de Yáohuh Ulhím na terra. Para o Oholyáo ser o escoamento da vontade de Yáohuh Ulhím, ele deve orar. Tal oração não é fragmentária; é um ministério de oração – oração como obra. À medida que Yáohuh Ulhím dá visão e abre os olhos das pessoas para verem sua vontade, elas se levantam para orar.
Yaohúshua mostra-nos aqui que a oração individual é inadequada; são preciso pelo menos dois para orar. Se não percebermos isso, não saberemos a respeito de que Yaohúshua está falando. As orações apresentadas no Evangelho de Yaohukhánam são todas pessoais. Daí encontra palavras como esta: “...Tudo quanto pedirdes ao Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda” (Yaohukhánam 15:16). Não há condição estabelecida quanto ao número de pessoas. Em Manyaohu 18, porém, é dada uma condição numérica: Pelo menos dois. “Porque onde estiverem dois... reunidos em Meu nome...”, diz Yaohúshua. Aqui se necessita pelo menos de dois porque o assunto tratado refere-se à comunhão. Não é algo feito por uma pessoa, nem é uma pessoa que serve de escoadouro para Yáohuh Ulhím, mas sim duas.
O princípio de duas pessoas é o princípio do Oholyáo, que também é o princípio do corpo de Yaohúshua o Mehushkháy. Embora tal oração seja feita por duas pessoas, a “concordância” é indispensável. Concordar é estar em harmonia. Esses dois indivíduos precisam estar em harmonia, precisa permanecer no fundamento do corpo e precisa saber o que é vida do corpo. Estes dois aqui têm senão um alvo, que é dizer a Yáohuh Ulhím: Queremos que tua vontade seja feita na terra, como no shuaólmayao. Quando o Oholyáo permanece em tal base e ora de acordo com ela, vemos que tudo o que pedirmos será concedido pelo Pai, que está no shuaólmayao.
Quando verdadeiramente permanecemos sobre o fundamento do Oholyáo e aceitamos a responsabilidade do ministério de oração diante de Yáohuh Ulhím, a vontade de Yáohuh Ulhím será feita no Oholyáo em que estamos. Se assim não for, é vã nosso Oholyáo. Tal oração, feita por poucos ou muitos, terá poder, pois o grau da operação de Yáohuh Ulhím hoje é governado pelo grau da oração do Oholyáo. A manifestação do poder de Yáohuh Ulhím não excederá à oração do Oholyáo. Hoje, a grandeza do poder de Yáohuh Ulhím está circunscrita pelo tamanho da oração do Oholyáo. Isto não significa, naturalmente, que o poder de Yáohuh Ulhím no shuaólmayao tem somente o tamanho da nossa oração, pois, no shuaólmayao, obviamente, Seu poder é ilimitado. Somente na terra hoje é que a manifestação do Seu poder depende de quanto o Oholyáo ora. Somente pela oração do Oholyáo pode-se medir a manifestação do poder de Yáohuh Ulhím.
Em vista disso, o Oholyáo deve fazer grandes orações e pedidos. Como pode o Oholyáo fazer pequenas orações, quando comparece diante do Yáohuh Ulhím de tal abundância? Ele não pode fazer pequeninos pedidos diante de um Yáohuh Ulhím tão grande. Vir à presença do grande Yáohuh Ulhím é esperar que grandes coisas aconteçam (Yaoshuayaohu 33:3). Se a capacidade do Oholyáo for limitada, ela não pode senão restringir a manifestação do poder de Yáohuh Ulhím. Reconheçamos que o assunto dos vencedores ainda não foi completamente resolvido e Há-Satan ainda não foi lançado no fundo do grande abismo. Por amor do Seu testemunho, portanto, Yáohuh Ulhím precisa de um vaso através do qual possa realizar todas as Suas abras. É necessário que o Oholyáo faça tremendas orações a fim de manifestar Yáohuh Ulhím. É este o ministério do Oholyáo.
Irmãos e irmãs ficam a pensar se Yáohuh Ulhím, visitando nossas reuniões de oração, pode confirmar que elas realmente comprem o nosso ministério de oração do Oholyáo. Precisamos ver que não é questão de frequência; é antes, questão de peso. Se realmente vemos a responsabilidade de oração do Oholyáo, não podemos deixar de confessar quão inadequada é a nossa oração e como temos restringido e impedido Yáohuh Ulhím de realizar o que Ele deseja. O Oholyáo tem falhado em seu ministério! Quão lamentável é esta situação!
O ter Yáohuh Ulhím um Oholyáo leal ao seu ministério ou não depende da atuação de um grupo de pessoas na presença d’Ele, desqualificando-se ou tornando-se verdadeiros vasos na realização do Seu propósito. Queremos assinalar que o que Yáohuh Ulhím procura é a lealdade da Oholyáo ao seu ministério. O ministério do Oholyáo é oração – não da espécie comum, consistindo de pequenas orações, mas do tipo que prepara o caminho de Yáohuh Ulhím. É Yáohuh Ulhím quem primeiro deseja fazer certa coisa, mas o Oholyáo prepara o caminho com a oração de modo que Ele possa ter uma estrada. O Oholyáo deveria ter grandes orações, tremendas e fortes. Orações não é assunto sem importância diante de Yáohuh Ulhím. Se a oração for sempre centralizada no eu, em problemas pessoais e em pequenos ganhos ou perdas, onde estará o meio pelo qual manifestar-se o eterno propósito de Yáohuh Ulhím? Precisamos ser empurrados às profundezas neste assunto da oração.
“Dois concordarem” não é uma palavra superficial ou leviana. Se não sabemos o que é o corpo de Yaohúshua o Mehushkháy, nem permanecemos neste fundamento, embora consigamos reunir duzentas pessoas para orar seremos, contudo, ineficaz. Mas se de fato, vemos o corpo de Yaohúshua o Mehushkháy e permanecemos no correto lugar no corpo – negando nossa vida da alma e não pedindo para nós mesmos, mas que a vontade de Yáohuh Ulhím seja feita na terra – veremos quão harmoniosa é tal oração. Desse modo, aqui por que oramos na terra será concedido pelo Pai que está no shuaólmayao.
Por favor, observe que o versículo 18 inclui uma palavra muito preciosa: “tudo”; e o versículo 19 também apresenta a expressão igualmente preciosa: “qualquer coisa”. “Tudo o que ligardes na terra será ligado no shuaólmayao, e tudo o que desligardes na terra será desligado no shuaólmayao.” Yaohúshua quer dizer na medida em que a terra ligar, o shuaólmayao também ligará; e na medida em que a terra desligar, o shuaólmayao também desligará. A medida da terra decide a medida do shuaólmayao. Não deve haver medo de ter uma medida demasiadamente grande na terra, porque a medida no shuaólmayao é sempre intrinsecamente maior do que a da terra e, portanto, não existe nenhuma chance de a medida da terra ultrapassar a do shuaólmayao. O que o shuaólmayao quer ligar, invariavelmente é muito mais do que a terra deseja ligar, e o que o shuaólmayao deseja desligar sempre excede ao que a terra desata. Tal ação de ligar e desligar estão além da capacidade de qualquer pessoa. Só pode ser feito “se dois... concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem” e, então, “será feito por Meu Pai, que está nos shuaólmayao”.
Irmãos, o poder de Yáohuh Ulhím é, para sempre, maior que o nosso poder. A água do reservatório da companhia indiscutivelmente tem mais volume do que a das nossas torneiras. A água no poço é sempre mais abundante do que a água em nosso balde. O poder do shuaólmayao jamais poderá ser medido pela visão terrestre.
3. Estiverem Reunidos
“Porque onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí, estou no meio deles” (v 20). Temos aqui o terceiro princípio, e o mais profundo deles também. No versículo 18, temos um princípio, no versículo 19 outro, e no versículo 20 ainda outro. O princípio dado no versículo 20 é mais amplo do que o do versículo 19. Porque diz o versículo 19 que “se dois de vós concordardes na terra acerca de qualquer coisa que pedirem isso lhes será feito por meu Pai, que está nos shuaólmayao”? A resposta é apresentada no versículo 20. “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí, estou Eu no meio deles.” Porque há tanto poder na terra? Porque o orar em harmonia tem efeito tão tremendo? O que dá ao orar em harmonia de duas ou três pessoas, tanto poder? É porque sempre que somos chamados a reunir-nos no nome de Yaohúshua, a presença de Yaohúshua mesmo está aí. É este o motivo da unanimidade. O versículo 18 fala da relação entre a terra e o shuaólmayao; o versículo 19, da harmonia na terra; o versículo 20, do motivo de tal harmonia.
Conscientizemo-nos de que somos chamados para reunir-nos. Não nos juntamos por nós mesmos. Reunir-nos por nós mesmos e sermos chamados para reunir-nos é duas coisas completamente diferentes. Sermos chamados para reunir-nos é sermos chamado por Yaohúshua para reunir-nos em conjunto. Muitos vêm a uma reunião com a atitude de observadores ou espectadores e, portanto, nada obtêm. Se alguém vem porque Yaohúshua lhe falou, esse tal terá um sentimento de perda, se não vier. As pessoas que são assim chamadas por Yaohúshua para se reunirem são unidas no nome de Yaohúshua. Vêm por amor do nome de Yaohúshua. Tais irmãos e irmãs podem dizer, onde quer que venham a se juntar: “Estamos aqui não por nós mesmos, mas pelo nome de Yaohúshua, pelo amor de louvar o nome de Yaohúshua”.
Pela bondade de Yáohuh Ulhím, que quando todos os irmãos e irmãs estão reunidos no nome de Yaohúshua aí há concordância, aí há harmonia. No caso de virmos a uma reunião por amor de nós mesmos, ali não haverá, obviamente, nenhuma harmonia. Mas, se estivermos dispostos a querer aquilo que Yaohúshua quer e não o que nós queremos, e, se rejeitarmos o que Yaohúshua rejeita, então haverá concordância. Por isso os filhos de Yáohuh Ulhím estão sendo chamados por Yaohúshua para estarem reunidos. São reunidos no Seu nome. Diz Yaohúshua: “Aí, estou Eu no meio deles.” É Yaohúshua que dirige tudo. Uma vez que Ele está aí, dirigindo, iluminando, falando e revelando, então tudo o que for ligado na terra será também ligado no shuaólmayao, e tudo o que for desligado na terra será desligado no shuaólmayao. Isso acontece porque Yaohúshua opera juntamente com Seu Oholyáo.
Consequentemente precisamos aprender a negar a nós mesmos diante de Yaohúshua. Cada vez que Ele nos chama para reunirmos, deveríamos voltar-nos para o Seu nome, pois o Seu nome é maior do que todos os nomes. Todos os ídolos precisam ser esmagados. Assim, Ele nos conduzirá.
Irmãos e irmãs, isto não é sentimento nem teoria, mas fato. Se o Oholyáo é normal, então depois de cada reunião, ele sabe se Yaohúshua esteve presente. Quando Yaohúshua está presente, o Oholyáo é rico e forte. Durante tal tempo, ele pode ligar ou desligar. Mas, se Yaohúshua não está no meio dele, ele nada pode fazer. Somente o Oholyáo possui tal poder; o indivíduo simplesmente não possui em se mesmo.
Que Yaohúshua nos conceda entendimento mais profundo e maior experiência na oração. A oração não é apenas pessoal ou devocional; precisa ser um trabalho e um ministério. Que Yaohúshua nos sustente com poder para que sempre que nos reunamos, trabalhemos em oração e cumpramos o ministério de oração do Oholyáo, a fim de que Yaohúshua possa fazer tudo o que Ele deseja. Amnáo (Assim Seja)!